quarta-feira, 4 de junho de 2008

Entrevista ao Jornal Bom Dia

Disk-me-diz
Do outro lado da linha: André Rebustini, ator a caminho do estrelato
Então quer dizer que temos um rio-pretense na novela das seis?
(Meio tímido) Você viu? Nem eu acredito, Beck. É um sonho que se concretiza a cada novo capítulo. Estou muito feliz, emocionado mesmo.
E como rolou tudo isso, brother? Eu sei que você era modelo e tal...
Isso. Eu comecei fazendo alguns trabalhos como modelo e fui logo para São Paulo. Alguns agentes sugeriram que partisse para o teatro, que já era algo de que gostava. Me matriculei no curso InCena, da Mara Carvalho (mulher de Antônio Fagundes), fiz oficinas e laboratórios e foi acontecendo...
Acontecendo o que exatamente?
Eu fui fazendo muitos testes, mas quem me ajudou mesmo foi o produtor Fernando Leal, que me deu muita força. Num desses testes fui visto por uma produtora de elenco da série “Queridos Amigos”, que me convidou para participar das seleções. Mas eu não fui aprovado.
Ficou desapontado?
Nessa carreira é assim mesmo: você tem que tentar e não pode desistir por conta dos “nãos” que recebe. Na seqüência, participei dos testes para “Ciranda de Pedra”. Centenas de atores participaram. Uma loucura! Quando fui chamado, quase desmaiei. “Esse é o Pedro que procuramos”, disseram os diretores.
Você foi escolhido na raça mesmo, não teve teste do sofá, nada?
Jamais. Sobre isso há muita falação, mas comigo, graças a Deus, foi tudo no talento mesmo. Um amigo, que também tentou o papel de Pedro na novela, me disse que ninguém chegaria sem ceder alguma coisa. Eu não cedi nada. Tanto que, quando fui convocado, um filme passou pela cabeça.
E esse filme que passou pela sua cabeça está mais para drama ou comédia?
Beck, vivi um pouco de tudo. Drama e comédia. Morei em um quarto de empregada, quase fui despejado, enfim. Quando tentava abrir contas em bancos e dizia que era ator, nenhum gerente me dava atenção. Diziam que atores não têm residência fixa nem responsabilidade. Coisas desse tipo, sabe?


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